«Interessante, mas não inteiramente convincente». Foi mais ou menos nestes termos que algumas revistas da especialidade, entre as quais a TV PRIME, consideraram a primeura temporada de True Blood.
À medida que avança a segunda temporada, True Blood vai-se tornando cada vez mais onírica e perturbadora, afirmando-se assim, aos nossos olhos, como uma das produções televisivas mais interessantes a passarem neste momento no nooso pequeno ecrã.
Alexander Skarsgard, o actor que encarna Eric, um poderoso vampiro loiro, já explicou: «A primeira temporada era uma introdução, um convite para entrar neste imaginário poderoso. Agora, a série libertou-se e entrou no delírio total.»
Esta segunda temporada está habitada por personagens completamente fascinantes, como o já citado Eric ou Maryann, uma mulher rica e misteriosa capaz de desencadear verdadeiras orgias sexuais à sua volta. A esse propósito, não resisto a citar a actriz Rutina Wesley, que desempenha o papel de Tara : «True Blood é uma série sexualmente livre e libertadora».
Por seu turno, Michelle Forbes, a citada Maryann, opina : «True Blood é uma obra pós-moderna, que vira do avesso o mito do s vampiros para daí extrair uma nova sensibilidade emocional e psicológica.»
Uma coisa é certa: a série libertrou-se definitivamente dos « clichés» habituais para acentuar o lado humano dos vampiros e o que a sua situação revela da nossa vida de mortais.
Em resumo, quando uma série obtém sucesso, limita-se geralmente a reproduzir a receita inicial até à exaustão. Não é este o caso de True Blood que tem, pelo menos, o mérito de arriscar novos caminhos, nem sempre do agrado dos fãs da primeira hora.
Como já alguém disse, Alan Bell, o criador de True Blood, que já nos tinha dado Seis Palmos de Terra, já teve tanto sucesso na sua carreira que não tem medo do fracasso.
Infelizmente, vamos ter que esperar pelo menos até ao Verão para ver a terceira temporada.
